Publicado em 07/01/2013

La Playa

[caption id=“attachment_4776” align=“aligncenter” width=“560”]Prainha - Torres/RS Prainha - Torres/RS[/caption]

As festas de final de ano passamos (eu e querido) com a minha família em Torres, no Rio Grande do Sul.

Flanando com ele pela cidade, me deu uma nostalgia ferrada da época em que éramos jovens e a praia mais massa do RS (quiçá a única) era meu ponto de parada nas férias escolares.

Minha cidade Natal é Criciúma, sul de Santa Catarina. Mas como  a filial da empresa de meu pai era em Passo de Torres (SC), cidadezinha bem ao lado de Torres, tínhamos casa nos dois lugares e meus verões depois dos 14 nunca mais foram os mesmos.

Anos 80, muita ferveção, várias bandas surgindo, outras que já faziam sucesso na gringa estouravam no Brasil, mercado nacional fechado… Tudo o que chegava aqui era através dos pouco$ que iam dar uma banda no exterior e quando voltavam dividiam o que ouviram lá fora com o resto da rapeize dourada que não tinha um tapete para desmaiar.

E foi em Torres, através de alguns bons amigos, que formei meu repertório musical. Minhas festinhas eram embaladas ao som de Talking Heads, Bowie, Afrika Bambaataa, Cure, PIL, INXS, Cult, Cars, Smiths… E muita banda da cena gaúcha, que assisti ao vivo na SAPT, o clubinho da galera: Replicantes, Cascavelettes, Garotos da Rua, De Falla, TNT…

A concentração para a náite começava no bar do Farol Hotel, bem no centro da cidade, descia para o quiosque do Alemão Ney (um figuraça) nos molhes da barra e se estendia para um showzinho na SAPT ou alguma festinha do surf que sempre rolava nos lugares mais alucinantes.

Durante o dia queimávamos ao sol (éramos jovens e destemidos), paquerávamos nos molhes, passávamos no Alemão Ney para saber do que ia rolar à noite e depois uma caminhadinha básica pelo calçadão. Era uma joie de vivre sem fim.

E era justamente nestas andanças pela cidade é que eu ficava viajando e elegia minhas casas e prédios favoritos.

A construção civil em Torres sempre esteve a todo vapor. Mas nada supera o charme e a beleza das construções antigas, que me remetem ao tempo em que a cidade era apenas um balneário tranquilo.

Quase todos os dias eu passava pelos mesmo lugares para me encantar e imaginar como era o estilo de vida das pessoas que moravam ali.

E neste início de 2013 resolvi levar o querido para conhecer os mesmos locais que faziam meus olhinhos brilhar naquela época. Tive um déjà vu danado e uma saudade boa aqueceu meu coração. Tipo missão cumprida no quesito aproveitei minha juventude.

O Fabrício - aka querido - bateu algumas fotinhos dos lugares e casas que me acalentam o coração ali em Torres.

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