Finalmente, na última sexta pude fugir um pouquinho dos meus compromissos para dar uma espiadela na Mostra Casa Nova 2013. O lugar escolhido para sediar o evento não poderia ser melhor, o prédio do Museu da Escola Catarinense (MESC), patrimônio histórico de Floripa, quase quintal da nossa casinha e que fica num pedacinho do centro da Ilha que está tentando ganhar fôlego com várias iniciativas culturais bacanas. Dentre elas, a Feira Semanal Permanente Viva a Cidade. Na chegada, já fiquei impressionada com o tapa que deram no visual do MESC, com um projeto luminotécnico que ficou literalmente de cair o queixo. Lindo, lindo. Meu único porém vai para os lustres pendentes de cristal, posicionados no hall do museu. Bonitos, mas excessivos! Olha daqui, xereta dali, pergunta de lá e o sentimento que tive, no geral, é que tudo estava muito bonito, com raras exceções, claro! Mas faltou um tiquinho de ousadia, inovação, criatividade... Muito do que conferi in loco aguçou minha memória afetiva e me remeteu imediatamente a algum ambiente já visto em revista, site, blog ou cenário de novela. Well, mas inovar nem sempre é sinônimo de bom gosto, vide alguns exemplos que me deparei em mostras de decoração por aí. Numa delas, a arquiteta ousada colocou um quadro no teto e dele pendia um lustre de cristal. Pensem? De tudo o que vi, os móveis e objetos de Jader Almeida para o Lounge Casa Nova conquistaram meu coraçãozinho, assim como o charmosíssimo ambiente criado para abrigar o Living des Arts, onde a beleza das vigas, dos arcos e do piso, todos originais do Mesc, fizeram a diferença e deram muita personalidade ao ambiente. A Sala dos Licores, inspirada no nosso grande "embaixador plenipotenciário de Marte para a Terra”, Ernesto Meyer Filho, me deixou bastante impressionada, não só pela beleza, colorido e perfeição, como pelo teto que estava, digamos assim, precisando de um carinho. Fiquei toda maravilhada com o ambiente e, de repente, olho pra cima e tá lá um buraco. Morguei! O Espaço O Mar, do arquiteto Guilherme Torres; o Estar um Sonho Tropical, o Estúdio do Artista e o Café do Museu também estão entre os mais mais adorados desta que vos escreve e palpita. Tudo muito massa, tudo muito legal. Mas meu pitaco vai para que numa próxima edição se importem tanto com a qualidade quanto com a forma. Livros encapados me fizeram chorar lágrimas de sangue; atendentes que não sabiam de qual artista era a obra ou de que designer era a cadeira e que na falta de uma resposta sugeriam que ligasse no escritório, me deixaram com vontade de arrancar os cabelos. Isso sem falar da explicação de uma das recepcionistas quando eu questionei o porquê daquele nome para o ambiente. Ela me tascou na lata, sem nem ao menos ruborizar: "ah, é porque aqui eles expõem comida!" Eu quase devolvi: então, bem que poderia se chamar supermercado, não? Um site com informações e imagens gerais e detalhadas de cada ambiente também seria bacana. Um exemplo básico para a necessidade de criar essa ferramenta de comunicação é que eu queria saber até quando vai o evento, qual o valor do ingresso, quais os horários da agenda paralela e não consegui encontrar em nenhum canal oficial. Fica a dica! Eu curti: * Os móveis e o lindo trabalho do Chicô Gouvea para o Café do Museu * O papel de parede em 3D da Sala dos Licores * Os livros de arte do Estar Um Sonho Tropical * As luminárias do corredor superior do Mesc, projetadas por Jader Almeida * As cores do ambiente criado pelo arquiteto Rico Mendonça Fiquei com bode: * Luminária da mesa da Sala Gourmet * Posição da mobília do Quarto com Sala Conceitual * O ar ingênuo/angelical/doce do lavabo feminino * O teto meio caído da Sala dos Licores * O pouco conhecimento das pessoas responsáveis por alguns espaços *Todas as fotos fazem parte do arquivo de divulgação do jornal Diário Catarinense [nggallery id=11]