Balanço Ninho Ovo, criação do Coletivos Criativos, fica como legado para a parte externa do Centro Integrado de Cultura, em Florianópolis
A edição catarinense do evento deixará legados materiais, como espaços de convivência
Neste fim de semana, terá início uma série de atividades promovidas pelo Coletivos Criativos, grupo formado especialmente para a Bienal para pensar transformações convidativas no espaço urbano de Florianópolis, e que também dá nome a uma das exposições em cartaz na edição catarinense do evento.
As atividades – que se estenderão por dois fins de semana – serão bem variadas e educativas. Uma Geodésica Cultural Itinerante irá oferecer oficinas voltadas para ensinamentos práticos: de culinária a como montar uma horta vertical em pneu; de agroflorestar quintais, fazer sementeiras em argila e fazer papel artesanal a arte dos malabares e de tocar orocongo. Festival de Pipa e Bazar de troca também fazem parte da programação. As oficinas, todas gratuitas, estão marcadas para começar nesta sexta, dia 3.
“A Geodésica trabalha a noção transdisciplinar de Simultaneidades Afetivas, que procura a implementação da criatividade de maneira solidária, costurando saberes de diversos campos e colocando-os em relação entre si. Em essência, o dispositivo é uma plataforma aberta e em diálogo com as comunidades locais envolvidas, a partir da qual podemos refletir sobre os espaços públicos de Florianópolis e sobre a contribuição do Design como uma ferramenta ético-estética”, explica Lucas Kinceler, integrante do Coletivos Criativos.
Outras duas oficinas acontecerão paralelamente à Geodésica. Promovidas pela JA8 Arquitetura e Paisagem, serão realizadas na área da mostra Coletivos Criativos, no Museu da Imagem e do Som (MIS) – CIC. Para o dia 3, às 14h, está marcada uma oficina criativa para crianças, com o objetivo de incentivar a reflexão sobre o uso dos espaços públicos na cidade. No sábado, 4, das 9h às 13h, acontece a Oficina Criativa para o projeto da Praça da Av. Madre Benvenuta, com apoio da AsBEA/SC (associação brasileira dos escritórios de arquitetura, departamento de SC). Um grupo de profissionais se reunirá para um brainstorm coletivo.
O Coletivos Criativos é formado por arquitetos, jornalistas, designers e artistas, com curadoria da designer Bianka Frisoni, da jornalista Simone Bobsin, da arquiteta Katia Veras, e da artista plástica Isabela Sielski.
Ecos da Bienal
Uma das marcas da Bienal - que se encerra no dia 12 de julho – é o legado material e imaterial que o evento deixará para o estado de Santa Catarina, especialmente para a cidade de Florianópolis. O legado imaterial é a inspiração, que provoca e gera, nas pessoas, a motivação para avançar nas conquistas que beneficiam toda a comunidade. O material são as intervenções feitas pelo Coletivos Criativos, em vários pontos da cidade.
Tendo como referência a presença de uma árvore, ponto de partida para a transformação de um espaço público, o Coletivos Criativos desenvolveu e instalou peças de mobiliário urbano, modificando ambientes. A frente do CIC, por exemplo, ganhou um Banco Onda e um Balanço Ninho Ovo, ambos com o uso disputado nos fins de semana; a alameda de Jurerê também recebeu essa infraestrutura, que virou um ponto de lazer e de encontro entre as pessoas e ainda ganhou um parklet (estar urbano), criado pelo coletivo Delfino 146. O Banco Onda é criação do coletivo Geodésica e Balanço Ninho Ovo foi criado pelo JA8, e as intervenções foram realizadas pelo Coletivos Criativos da Bienal.
Na Rua Luiz Delfino, bem no Centro de Florianópolis, também foi instalado um parklet (estar urbano) – do coletivo Delfino 146. Em paralelo, a comunidade do Mont Serrat foi beneficiada com a pintura de um muro, que deixou o espaço mais alegre e aconchegante, e a instalação de um corrimão para auxiliar pessoas idosas na subida do morro – uma solicitação dos moradores. Quem assina a criação é o Coletivo Design Possível, com realização do grupo Coletivos Criativos.
Serviço exposição Coletivos Criativos – Mostra integrada à Bienal Brasileira de Design 2015 Floripa De 24 de maio a 12 de julho Museu da Imagem e do Som – MIS, no Centro Integrado de Cultura Site Bienal: www.bienalbrasileiradedesign.com.br Imagens by: Sandra Puente [caption id="attachment_5716" align="alignnone" width="800"] Estrutura da Geodésica Cultural Itinerante[/caption] [caption id="attachment_5717" align="alignnone" width="800"] Na Rua Luiz Delfino, Centro de Florianópolis, foi instalado um parklet (estar urbano) – do coletivo Delfino 146[/caption]