Primeira oficina do Arq Lab será a Tinteria - coordenada pela designer Laura Pereira

Inquietude. A palavra de sonoridade bela e significado melancólico não representa a personalidade da arquiteta Bia Kubelka, mas define seu estado de espírito para alavancar projetos de vida. O mais recente deles, o ArqLab, surgiu dessa necessidade de reunir amigos, ideias e grupos de estudos para desenvolver atividades diversas.

O laboratório de ideias, como também pode ser chamado, é um espaço de construção coletiva de conhecimento que vai unir a teoria com a prática. – Para ter boas ideias é preciso estar relaxado, pois a atenção excessiva nos impede de detectar conexões que levam à ideias originais – sintetiza Bia. As grandes questões contemporâneas como construções sustentáveis, mobilidade e outros assuntos que envolvam criatividade e uma arquitetura responsável e afinada com as questões urbanas atuais serão temas de debates do grupo, que contará sempre com um especialista para cada tema. Por enquanto, vários lugares irão receber o ArqLab, numa espécie de rodízio. A cada tema abordado, um ambiente diferente. – A preocupação momentânea é reunir este grupo para levantar questões além academia, fora da linha formal do escritório e entidades. O ambiente físico está sendo criado como uma consequência. A nossa ênfase é no que irá acontecer no local e não no espaço em si – conceitua. E falando em acontecer, a Tinteria - oficina de cores comandada pela designer Laura Pereira – será a primeira experiência do ArqLab. No próximo dia 21 de abril serão postas em prática técnicas de criação de cores para ampliar o olhar sobre grupos de tons. Conceitos de como combinar paleta cromática em seus projetos, ou descombinar, serão passados de forma simples, misturando tintas e percebendo como as cores interagem entre si. Para Bia o despertar da criatividade só pode acontecer através da conexão de coisas e de pessoas, e para ilustrar o que está tentando fazer com o ArqLab cita o psicólogo norte americano Keith Sawyer: “as ideias mais originais são aquelas que juntam conceitos diferentes entre si. Por isso, o melhor para ser mais inventivo é explorar o mundo. E, enquanto estiver aprendendo, prestar atenção ao modo como isso acontece.” Imagens by: Renata Miguez e Laura Pereira.