Uma das fofas que para quem a dona desta Casa presta consultoria para assuntos de ajeitamento de cafofos é a Marcele.

Em uma bela tarde, quando flanávamos atrás do combo estofador-loja de móveis-tecidos,  ela me convidou a dar uma passadinha pela Varal, loja querida fundada por ela e pela Karlinha.

A minha cara e o meu comportamento quando botei os pés ‘no lojinha’ foram hilários. Eu parecia uma criança que não sabia no que mexer primeiro. Um verdadeiro parque de diversões para quem curte casinhas com personalidade e sem frescuras.

Já fazia algum tempo que eu não ia visitar as Varalzetes -  dia a dia corrido,  muito trabalho, novos projetos, minha compulsão por coisas bacanas… Enfim, quando entro numa loja com a proposta da Varal, já saco logo o cartão e fico me achando nouveau rich. É um estrago!

E desta vez não foi diferente, me abracei a um sapo com tecidinho vintage, aproveitei que no caminho tinha um mini-carrossel de lata implorando para morar aqui em casa e, por último,  com as mãos cheias e pulandinho, arrematei um toy  fofo. “Fecha a conta e decreta a minha falência.”

O que mais me liga a Varal não são só as fofuras que estão à venda, mas sim a memória afetiva que tenho da loja, quando ainda vendia somente camisetas descoladas.  Ela meio que deu aquela força amiga para dar um up no meu relacionamento com o querido.

Ele morava em Curitiba, eu na Ilha, estávamos ficandinho, nada sério. Um belo dia, passeando pelo centro, topo com a Varal e tcharan! vou fazer uma surpresa pro gato: catei uma camiseta com o Bela Lugosi, passei na loja de discos e arrematei o último do Elvis Costello, empacotei, mandei…

Telefone toca: Poxa, obrigado, você acertou muito nas escolhas. Como é que sabia que eu curto tanto o Bela e esse disco do Elvis?

• Anos de tamanquinho, meu querido!

Depois desse rombo  gesto de carinho ele resolveu dar um crédito para a cabocla aqui e o final foi feliz, como todos sabem.

Varal, thanks pelo empurrão, eu podia tá encalhada na pistinha até hoje.

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