Publicado em 13/08/2012

A casa de meus pais

[caption id=“attachment_5088” align=“aligncenter” width=“456”]Davi, o netinho da Tasmânia Davi, o netinho da Tasmânia[/caption]

No final de semana que passou estive na casa dos meus pais e fico tão encantada com a ordem e fofura do cafofinho deles, que resolvi escrever.

Minha família sempre morou em casas grandes, amplas… Afinal, acomodar sete cabeças em um mesmo teto só em um trem muito espaçoso mesmo!

O ninho foi ficando mais vazio a medida que cada um casou ou saiu para estudar fora. Quartos não eram mais usados, sofás que ninguém mais sentava, muitas portas eram fechadas para serem abertas somente em dias especiais, quando filhos, nora, genros, netos e bisneto se juntavam para falar ao mesmo tempo, rir, comer e, claro, discutir.

O último a sair de casa foi meu sobrinho, que é quase um irmão mais novo. O lar com quatro quartos, três banheiros, três salas, cozinha, jardim e mais um montão de coisas ficou frio e grande demais para os dois que começaram uma vida juntos aos 19 anos, formaram uma família e que novamente se viram sozinhos.

Minha mãe, pessoa prática, divertida e ligada na tomada, foi enfática: não há mais necessidade de morarmos nesta casa, o custo para mantê-la é alto, muitos espaços não são ocupados e precisamos é de leveza para a nossa vida.

Em comum acordo e após muito procurar, eles encontraram um apartamento de dois quartos, um banheiro, sala conjugada com a cozinha e uma sacada enorme com uma das vistas mais bonitas que já vi. “É aqui que eu quero morar”, determinou ela. E óbvio que o pai assentiu.

Venderam o outro imóvel, contrataram arquiteta, pintaram umas paredes, derrubaram outras, mudaram o piso, o teto, planejaram a mobília… e da casa antiga só as lembranças e o estritamente necessário. Aos 65 anos os dois refizeram um lar!

[caption id=“attachment_5089” align=“aligncenter” width=“572”]Home Theater Home Theater[/caption]

Quando você entra no apê é tudo tão jovial, alegre e dinâmico que nem parece um cafofo de vôzinhos que estão às vésperas de completar 70 anos.

Nada está lá por acaso, tudo tem funcionalidade.

Os enfeites são poucos. A mãe argumenta que não tem mais idade e nem paciência para ficar ajeitando um monte de coisinhas (beeemm diferente de mim).

O quarto do casal é todo modulado por conta do espaço reduzido do apê.

[caption id=“attachment_5090” align=“aligncenter” width=“450”]Quarto dos velhinhos Quarto dos velhinhos[/caption]

Quando perguntei  o porquê de tudo planejado, minha mãezinha respondeu docemente: “Fabiana, não te mete nos meus negócios, eu preciso de lugar para guardar as coisas!” hahahahaha

O segundo quarto é o canto das visitas, mas também foi projetado para a mãe fazer seus trabalhos manuais. Sim, ela é uma artista!

Tem mesa de corte, lugar para a máquina de costura, nichos para ajeitar os badulaques de pintura, bordado, tecidos… tudo do jeitinho que ela gosta.

[caption id=“attachment_5091” align=“aligncenter” width=“365”]Quarto de hóspedes e craft room Quarto de hóspedes e craft room[/caption]

A área de serviço também é super funcional, com armários para organizar as mais variadas coisas.

Na cozinha os móveis foram planejados para que os dois não tenham dificuldade quando precisarem de algo, tudo abre e fecha com facilidade. Os itens mais usados no dia a dia ficam nos armários inferiores e aqueles que não são tão utilizados, nos superiores.

[caption id=“attachment_5092” align=“aligncenter” width=“493”]Sala-cozinha Sala-cozinha[/caption]

A sala acompanha o estilo da cozinha, o que dá a sensação de harmonia e continuidade  ao ambiente conjugado.  A sacada, por ser muito ampla, é dividida em dois ambientes: em um, ficam as plantas (outra paixão dela) e no outro, ela fez uma saleta onde a macacada se espalha nos dias de festa.

[caption id=“attachment_5093” align=“aligncenter” width=“460”]As plantinhas pegando um sol As plantinhas pegando um sol[/caption]

 

A casa dos meus pais é bem menor do que aquelas das minhas lembranças, mas quando os visito sinto que ali naquele lar pequenino e fofo eles estão envelhecendo bem, felizes e sem a sensação de solidão.

P.S.: Se hoje tenho um bloguinho e dou pitacos sobre o assunto foi porque herdei dela, da minha mãe, o bem querer pelas coisas da casa.

[caption id=“attachment_5094” align=“aligncenter” width=“488”]Tudo planejado para ampliar o espaço Tudo planejado para ampliar o espaço[/caption]

[caption id=“attachment_5095” align=“aligncenter” width=“467”]O hall O hall[/caption]

[caption id=“attachment_5096” align=“aligncenter” width=“480”]O lugar dos papos, das risadas e cervejinhas O lugar dos papos, das risadas e cervejinhas[/caption]

[caption id=“attachment_5097” align=“aligncenter” width=“450”]Corredor para os quartos Corredor para os quartos[/caption]

[caption id=“attachment_5098” align=“aligncenter” width=“455”]A mãe e seus bolinhos de chuva A mãe e seus bolinhos de chuva[/caption]

[caption id=“attachment_5099” align=“aligncenter” width=“450”]A cristaleira que herdarei A cristaleira que herdarei[/caption]

[caption id=“attachment_5100” align=“aligncenter” width=“450”]Banheiro colorido Banheiro colorido[/caption]

[caption id=“attachment_5101” align=“aligncenter” width=“450”]O anoitecer visto da sacada O anoitecer visto da sacada[/caption]